Eu sou uma pessoa um pouco suspeita para falar sobre este livro chamado “Diferenças” do psicólogo Vladimir Nascimento, por gostar muito do autor, uma pessoa humilde e encantadora que me ajudou muito no passado e estou muito grato e feliz, sem palavras para agradecê-lo.
Espero
que este não seja apenas um livro. Que todas as pessoas que o leiam façam uma
análise de suas vidas e percebam o quanto vivemos em um mundo que nós próprios
nos colocamos uns contra os outros devido as nossas “diferenças”.
Como
sabemos, aqui no Brasil principalmente, para a pessoa tornar-se um escritor é
muito difícil por ser desvalorizado, não só pelo governo que não incentiva, mas
também pela sociedade que além de não apoiar, não gosta de ler.
Lembro
que nas semanas que antecederam a divulgação deste livro convidei diversas
pessoas para irem comigo e quase todas alegaram estarem com compromissos
marcados. Outras simplesmente falavam: “Chamar para ir a um bar tomar uma, não
chama, mas para ouvir abobrinhas chama”. Já outros falavam: “Não como, nem bebo
livros”.
Isto
não me desanimou e espero que, quando o autor ler, também não se desanime, mas
que fique muito feliz como estou agora, percebendo que “muitos mundos na
sociedade precisam ser trabalhados para serem mudados”; e que desta forma ele
tente ao máximo fazer mais livros com este tipo de conteúdo, pois tenho certeza
que todos os “mundos” serão mudados.
Achei
as considerações iniciais um pouco complexa, tendo que ler novamente para poder
realmente compreender o que o autor queria passar, mas após aprofundar na
leitura percebe-se que a linguagem é muito fácil de ser entendida. O livro está
dividido em seis capítulos: Intolerância Cultural, Intolerância Religiosa,
Intolerância Sexual, Intolerância Étnica, Intolerância às Pessoas com
Deficiências e Intolerância Etária.
Há
todo momento durante a leitura somos “lançados contra a parede” ao nos mostrar
que não somos tolerantes quando falamos sobre religião, visto que muitas vezes
tendemos a acreditar que a nossa é a correta. Esta parte é marcante para mim: “Se
você critica a fé dos demais, sua vocação é falsa. Se você fosse sincero,
apreciaria a sinceridade dos outros. Você vê erros nos outros porque você mesmo
os tem, não os outros”.
Já
no capitulo 3, que trata sobre Intolerância Sexual teve um exemplo que fiquei
muito apreensivo para saber qual, afinal de contas, seria o desfecho do segundo
exemplo. Foi emocionante: entrei na pequena história, chegando a me tirar do
lugar onde estava e adentrar no mundo daquela criança e sentir a tristeza, pânico
e medo que sentia, tendo até momentos que me emocionei; senti raiva do pai por
praticar atos contra sua pequena filha menor de idade, coisa muito injusta e
repugnante… Pior ainda foi sua pró que a amava muito e nada fez.
Em
todos os capítulos o leitor vai sair de seu mundo de preconceitos e vai fazer
uma análise, percebendo que as “diferenças” não existem, apenas a sociedade as
inventou.
No
finalzinho do livro li um poema, feito pelo próprio escritor em que todas as
palavras são escritas com a letra C, sendo realmente muito difícil de ser
escrito.
Fiquei
encantado pelo desempenho e determinação do autor em buscar diversas referências
para provar o que realmente estava dissertando, provando que sabe dominar e
colocar o leitor para pensar não pouco, mas muito.
Lógico
que ninguém é de ferro, então teve algumas partes do livro que amei ao fazer a
leitura, é tanto que a refiz, já há outras nem tanto. Quando o leitor se
aprofundar vai perceber que todos nos temos preconceitos, e estes, que o livro
aborda, abrangem os que para mim são os principais da atualidade, incentivando
a acordarmos para a vida, pois o preconceito não leva a lugar algum, a não ser à
nossa própria destruição.
Tenho
certeza, se o autor fizesse agora um romance explicando algum assunto que
abordou neste livro, sei que todos nós iríamos ficar impressionados e admirados,
já que ele conseguiu em pequenas histórias deixar o leitor dentro delas,
imagina se fosse um romance… Fica a dica!
Agora
caro leitor, você que pensa em ter filhos abra o livro na página 191, leia o último parágrafo e faça uma análise se realmente está em condições ou não.
Somos todos diferentes, cada um com suas diferenças, que venhamos aprender a não criticar nenhum ser humano.
Somos todos diferentes, cada um com suas diferenças, que venhamos aprender a não criticar nenhum ser humano.
Boa leitura!
Nossa! Fiquei curiosa pra conhecer essa obra. Principalmente depois da sua citação: PENSA EM TER FILHOS? ABRA NA PAG 191.
ResponderExcluirEste autor é novo?
ResponderExcluirmais amigo, gostei.